Minha rainha Olhai por nós

Minha rainha Olhai por nós
Oxum sempre foi mulher vaidosa, bela e elegante ofuscava a todos com seu brilho vistoso. Uma coisa, porém fazia-lhe falta, queria muito saber sobre os mistérios de Ifá. Tinha sede do conhecimento dos oráculos, precisava conhecer o passado, presente e futuro, somente assim se sentiria realizada. Pensou bastante a respeito e resolveu procurar Exu, usou toda sua doçura e encanto para que ele lhe ensinasse os segredos. Exu sentiu-se atraído pela bela mulher, mas não era de entregar nada gratuitamente e lhe propôs um trato. Se ela ficasse junto dele por sete anos fazendo todos os serviços de sua casa, entregaria os mistérios que ela tanto desejava. Oxum aceitou e durante todo o tempo do trato, lavou, passou e cozinhou para Exu. No final do período tratado, Exu cumpriu o que havia prometido e liberou-a. A moça, entretanto havia se apaixonado e mesmo com os segredos em mãos preferiu continuar morando com ele. Assim viveram por muito tempo em perfeita harmonia. Um dia Oxum estava à beira de um rio cantando com maviosa voz enquanto penteava os cabelos. Xangô, que por ali passava, escondeu-se para ver de onde vinha tão maravilhosa melodia. Ao deparar-se com a beleza encantadora da bela mulher enamorou-se perdidamente. Impetuoso como sempre, foi até ela e declarou-se. Ela, porém, explicando sua condição de casada e feliz, recusou o amor que o homem dizia sentir. Tomado de fúria, não admitia ser contrariado, agarrou a mulher e levou-a para seu reino onde a trancafiou no alto de uma torre de onde somente sairia para unir-se a ele. Dias e noites sem fim se passaram e Oxum em sua masmorra apenas chorava em desespero. Enquanto isso, Exu vasculhava por todos os cantos do mundo a procura da mulher que aprendera a amar e respeitar.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Milagre da Vida

Um comentário:

Lucieneida disse...

Ser mãe

A missão de ser mãe quase sempre começa com alguns meses de muito enjôo,
seguido por anseios incontroláveis por comidas estranhas, aumento de peso,
dores na coluna, o aprimoramento da arte de arrumar travesseiros preenchendo
espaços entre o volume da barriga e o resto da cama.

Ser mãe é não esquecer a emoção do primeiro movimento do bebezinho dentro da
barriga.

O instante maravilhoso em que ele se materializou ante os seus olhos, a
boquinha sugando o leite, com vontade, e o primeiro sorriso de
reconhecimento.

Ser mãe é ficar noites sem dormir, é sofrer com as cólicas do bebê e se
angustiar com os choros inexplicáveis: será dor de ouvido, fralda molhada,
fome, desejo de colo?

É a inquietação com os resfriados, pânico com a ameaça de pneumonia, coração
partido com a tristeza causada pela morte do bichinho de estimação do
pequerrucho.

Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É levá-lo para a
escola e segurar suas mãos na hora da vacina.

Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características
únicas, é observar suas descobertas.

Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando
debaixo dos cobertores.

É assistir aos avanços, sorrir com as vitórias e ampará-lo nas pequenas
derrotas. É ouvir as confidências.

Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar: E se tivesse sido
meu filho?

E ante fotos de crianças famintas, se perguntar se pode haver dor maior do
que ver um filho morrer de fome.

Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar
talco, cuidadosamente, no bebê ou ao observá-lo sentado no chão, brincando
com o filho.

É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe
consideraria muito pouco românticas.

É sentir-se invadir de felicidade ante o milagre que é uma criança dando
seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus
sentimentos, juntando as letras numa frase.

Ser mãe é se inundar de alegria ao ouvir uma gargalhadinha gostosa, ao ver o
filho acertando a bola no gol ou mergulhando corajosamente do trampolim mais
alto.
Ser mãe é o melhor sentimento que existe mil beijos a todas vcs mamães.

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