Caboclos
São entidades, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue. Atuam em nossos terreiros e, com humildade, omitem detalhes referentes às suas vidas quando encarnados.
Quem nunca viu caboclos assobiarem ou darem aqueles brados maravilhosos, que parecem despertar alguma coisa em nós? Muitos pensam que são apenas uma repetição dos chamados que davam nas matas, para se comunicarem com os companheiros de tribo, quando ainda vivos. Mas não é só isso. Os assobios traduzem sons básicos das forças da natureza. Estes sons precipitam, assim como o estalar dos dedos, um impulso no corpo astral do médium para direcioná-lo corretamente, afim de liberá-lo de certas cargas negativas. Cada entidade emite um som de acordo com seu trabalho, para ajustar condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes ou nos médiuns.
Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxóssi, ou seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porem hoje já sabemos que existem Caboclos diferentes, que possuem vibrações originais diferentes, podendo se apresentar sob a vibração de Ogum, de Xangô, de Oxóssi ou Xapanã. Já as Caboclas, podem se apresentar sob as vibrações de Iemanjá, de Oxum ou de Iansã.
Não há necessidade da vibração do Caboclo-guia coincidir com a do Orixá dono da cabeça do médium, ou seja, o Caboclo pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar em um médium que é filho de Oxalá; apenas neste caso, a entidade, embora sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxalá.