Minha rainha Olhai por nós

Minha rainha Olhai por nós
Oxum sempre foi mulher vaidosa, bela e elegante ofuscava a todos com seu brilho vistoso. Uma coisa, porém fazia-lhe falta, queria muito saber sobre os mistérios de Ifá. Tinha sede do conhecimento dos oráculos, precisava conhecer o passado, presente e futuro, somente assim se sentiria realizada. Pensou bastante a respeito e resolveu procurar Exu, usou toda sua doçura e encanto para que ele lhe ensinasse os segredos. Exu sentiu-se atraído pela bela mulher, mas não era de entregar nada gratuitamente e lhe propôs um trato. Se ela ficasse junto dele por sete anos fazendo todos os serviços de sua casa, entregaria os mistérios que ela tanto desejava. Oxum aceitou e durante todo o tempo do trato, lavou, passou e cozinhou para Exu. No final do período tratado, Exu cumpriu o que havia prometido e liberou-a. A moça, entretanto havia se apaixonado e mesmo com os segredos em mãos preferiu continuar morando com ele. Assim viveram por muito tempo em perfeita harmonia. Um dia Oxum estava à beira de um rio cantando com maviosa voz enquanto penteava os cabelos. Xangô, que por ali passava, escondeu-se para ver de onde vinha tão maravilhosa melodia. Ao deparar-se com a beleza encantadora da bela mulher enamorou-se perdidamente. Impetuoso como sempre, foi até ela e declarou-se. Ela, porém, explicando sua condição de casada e feliz, recusou o amor que o homem dizia sentir. Tomado de fúria, não admitia ser contrariado, agarrou a mulher e levou-a para seu reino onde a trancafiou no alto de uma torre de onde somente sairia para unir-se a ele. Dias e noites sem fim se passaram e Oxum em sua masmorra apenas chorava em desespero. Enquanto isso, Exu vasculhava por todos os cantos do mundo a procura da mulher que aprendera a amar e respeitar.

sábado, 12 de maio de 2012

Somos herdeiros do Valdemar,Otilha e o Principe Custodio



No início da Letra as referências são a reinos africanos antigos e como todos nós sabemos, foram os escravos advindos desses reinos que formaram boa parte da nossa população e da nossa cultura!
Quando a letra fala de Custódio, a referência é a Custódio Joaquim de Almeida, herdeiro do trono do reino de Benin, que acabou fixando residência em Porto Alegre e manteve inclusive contatos importantes com Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros e até mesmo Getúlio Vargas. 
Segundo as fontes, teria sido um dos difusores das religiões afro no estado do Rio Grande do Sul.
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Gegê, Nagô, Gexá, Oiô, Cabinda 
O candomblé é cultuado na Bahia


Somos descendentes de africanos,
Da Nigéria e do Congo,
Moçambique, da Angola e da Guiné,
Príncipe Custódio, velho sábio macumbeiro,
Espalhou pelo Rio Grande fundamentos em yorubá.


Alupô! Alupô!
Alupô! Bará! 
Abre os caminhos para os filhos  de orixas
Nesta festa de batuque em homenagem aos orixás.


Deus do ferro, Deus do Fogo,
Violento Deus guerreiro,
Ogum se revoltava,
Vendo o negro em cativeiro.


Epa iê, Epa iê ô,
Minha mãe caô, 
Iansã virou-se em pedra por ciúme de Xangô.


Ibeje é, criança é,
Lá na mata tem Ossanha, tem Obá, Otim e Odé.


Xapanã, Sapatá, de aê, aê, 
Não deixe nunca quem é da nação sofrer.


Oxum-pandá, Oxum-docô são vaidosas,
Deusas do ouro, do perfume e da riqueza.


Iemanjá Cessum, Olobomi, Babá, Oxalá, 
Hoje o Bamba faz a festa em homenagem aos orixás.

Gegê, Nagô, Gexá, Oiô, Cabinda 
O candomblé é cultuado na Bahia


Somos descendentes de africanos,
Da Nigéria e do Congo,
Moçambique, da Angola e da Guiné,
Príncipe Custódio, velho sábio macumbeiro,
Espalhou pelo Rio Grande fundamentos em yorubá.


Alupô! Alupô!
Alupô! Bará! 
Abre os caminhos para os Bambas desfilar,
Nesta festa de batuque em homenagem aos orixás.

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